Polícia descarta negligência de casal que tirou filhas da escola para educar em casa em SP

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Polícia descarta negligência de casal que tirou filhas da escola para educar em casa em SP

O norte-americano Philip Ferrara e sua mulher, a brasileira Leila Brum Ferrara, dispensaram advogados e prestaram depoimento por 45 minutos na delegacia de Serra Negra nesta terça-feira. Após o depoimento, o delegado responsável pelo caso desconsiderou a negligência dos pais com a educação das filhas, que estão fora da escola desde 2008, e novas investigações devem ser feitas sobre a eficiência do ensino. As duas filhas do casal, de 9 e 11 anos de idade, são educadas em casa, método comum nos Estados Unidos, onde nasceram.

O casal foi intimado a prestar esclarecimentos à Polícia Civil depois que o delegado Rodrigo Cantadori instaurou um inquérito policial a pedido do Ministério Público (MP) da cidade para investigar o caso. – Uma família que quer o melhor para os filhos, acho que é difícil olhar isso como um crime – afirma a mãe Leila Brum Ferrara. Os pais garantem que as filhas estudam quatro horas por dia as disciplinas disponíveis na internet.

Depois de ouvir o depoimento do casal, o delegado considera difícil caracterizar como crime de abandono intelectual, já que eles não estariam sendo negligentes. Mas, antes de concluir o inquérito ainda vão ser necessárias outras investigações sobre a eficiência dos métodos de ensino virtual da escola Americana. – A polícia vai averiguar como tudo isso funciona – disse o delegado Cantadori.

No entanto, mesmo se o inquérito policial concluir que não há crime na atitude o casal, ainda será necessário convencer o juiz da Vara de Infância e Juventude de que as filhas não estão sendo prejudicadas por serem educadas em casa. A Justiça solicitou a entrega de documentos que comprovassem que este tipo de formação pode garantir condições de que as meninas conquistem um diploma.

O MP exige também que o casal cumpra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que estabelece que toda a criança seja matriculada em uma escola regular. A promotoria pediu a abertura de inquérito e informou que o casal pode responder pelo crime de abandono intelectual.

 

Fonte: O Globo Online

https://fit.oab-sc.org.br/news/edicoes/700.htm#12315

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