Justiça do Uruguai quer mudar relação com a sociedade por meio das tecnologias de informação, em um ano

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Justiça do Uruguai quer mudar relação com a sociedade por meio das tecnologias de informação, em um ano

Um ano. Este é o prazo projetado pela Justiça da República Oriental do Uruguai para revolucionar seu relacionamento com a sociedade. A meta ambiciosa foi apresentada pela delegação uruguaia que participa da Conferência Mundial sobre Transparência, Ética e Prestação de Contas dos Poderes Judiciários. A ministra Nilza Salvo, do Tribunal de Apelação do Uruguai, cobrou uma “conduta pró-ativa” dos membros do Poder Judiciário para se comunicar melhor com a população.

“Temos informações que não são conhecidas porque os que deveriam ter acesso a elas não têm. Cabe a nós chamar a atenção da população para o que acontece na Justiça”, avaliou Nilza Salvo. O plano que os uruguaios pretendem implementar em até um ano inclui a divulgação, na internet, de dados sobre orçamento, gastos e contratos, além de procurar facilitar o acesso às declarações patrimoniais dos magistrados.

Outra medida será o desenvolvimento de uma página na internet mais dinâmica e com atualização frequente. Este site vai oferecer uma base de jurisprudência acessível aos operadores de Direito. Também vai oferecer um sistema de indicação do tempo demandado pelos trâmites processuais. “Todos dizem que a Justiça é lenta, mas ninguém sabe avaliar quão grande é esta demora”, argumentou a ministra uruguaia.

Nilza Salvo também propôs a participação do público nas atividades dos tribunais, a maior realização de audiências públicas e a cooperação com as instituições de ensino. “Não são medidas tão difíceis de implementar e o custo não é tão alto, por isso temos essa meta de cumprir nossos objetivos em um ano”, afirmou.

Além disso, a magistrada acredita que a formação dos operadores de Direito deve estar mais dedicada ao tema da transparência e da difusão de informações, bem como usar da capacidade de especialistas em comunicação. “Somos juízes, e não comunicadores. Precisamos da ajuda dos experts para melhorar a compreensão, entre a população, da atividade jurisdicional”, destacou Nilza Salvo.

 

Fonte: STJ

https://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=98327

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