Compra premiada está na mira do MPE

Elas ressuscitaram as “pirâmides”, a promessa de enriquecimento fácil que iludiu muita gente nos anos 80, e agora estão na mira das penalidades da lei. Espalhadas em quase todas as 144 cidades paraenses, as lojas que promovem “compra premiadas” já podem ter enganado mais de cem mil pessoas no Pará e agora são alvo de ações criminais e ações civis públicas em quase todas os municípios que elas atuam. O Ministério Público do Estado do Pará (MPE) prepara uma ofensiva para banir os empreendimentos sob acusação de crime contra o sistema financeiro, contra a ordem tributária, crimes contra a economia popular, formação de quadrilha e estelionato.

As promotorias instaladas no interior do Estado estão debruçadas no trabalho de investigação das lojas que oferecem as “compras premiadas”, espécie de consórcios com prestações baixas que oferecem eletrodomésticos, computadores, motocicletas e uma infinidade de bens através de um sistema de pagamento e adesão que lembra em tudo as antigas “pirâmides”.

A primeira ação contra uma loja do tipo partiu do promotor de Justiça Daniel Henrique Queiroz de Azevedo. Ele enquadrou o estabelecimento “Eletromil”, em atividade em São Miguel do Guamá, e o maior grupo que atua no ramo no território paraense, com lojas em, pelo menos, quatorze cidades. A partir do modelo feita por ele, vários outros promotores também começaram a combater a “compra fácil” no Estado. “As empresas vieram no Nordeste, do Maranhã e Pernambuco, principalmente, onde já estavam sendo combatidas. E agora estão no Pará se alastrando feito uma praga”, comenta.

Fonte: O Liberal

https://www.orm.com.br/projetos/oliberal/interna/default.asp?modulo=250&codigo=557404