Clínica terá que pagar pensão para filho de jornalista que morreu durante lipoaspiração em Brasília

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Clínica terá que pagar pensão para filho de jornalista que morreu durante lipoaspiração em Brasília

O Tribunal de Justiça determinou que a clínica Paccini pague pensão de R$ 3,5 mil por mês ao filho da jornalista Lanusse Martins, morta em janeiro depois de um lipoaspiração. O estabelecimento tem cinco dias para começar a pagar o valor retroativo dos últimos sete meses em favor do menino de 6 anos de idade.

A decisão é da quarta Vara Cível de Brasília, que considerou que não é necessária a comprovação de negligência médica para que a clínica seja obrigada a fazer o pagamento. A clínica ainda pode recorrer da decisão.

Lanusse Martins, de 27 anos, era repórter na TV Justiça e em 2009 também trabalhou na TV Globo Brasília. Na manhã do dia 25 de janeiro, a jornalista deu entrada na clínica Pacini, que fica no Edifício Pacini, na 915 Asa Sul, para fazer uma lipoescultura. Ela morreu no início da tarde. Médicos da clínica não quiseram dar entrevista. Mesmo assim, um deles disse que Lanusse teve uma embolia pulmonar após a cirurgia (quando um segmento de gordura entra na corrente sanguínea e obstrui uma artéria).

Versão desmentida dias depois pelo promotor Diaulas Costa Ribeiro, que apontou um erro médico como causa da morte da jornalista. O Ministério Público do Distrito Federal divulgou que o óbito foi causado por hemorragia (choque hipovolêmico). O promotor contou que viu a declaração de óbito de Lanusse e recebeu informações de exame do Instituto Médico Legal (IML), para onde o corpo da jornalista foi levado para esclarecer a causa da morte.

– Ela morreu de uma facada. Houve a secção (corte) de vasos, provavelmente veias, e ela sangrou até morrer. A cânula entrou na cavidade abdominal. É um erro médico grave. Lipoaspiração é a aspiração de gordura superficial. Se entrou na cavidade abdominal, tem erro. Não pode chegar ali – disse Diaulas, titular da Promotoria de Justiça Criminal da Defesa dos Usuários de Serviços de Saúde.

No início de abril, o Ministério Público do Distrito Federal apresentou à justiça do Distrito Federal denúncia contra o cirurgião plástico Haeckel Cabral Moraes por homicídio doloso (intencional) qualificado, por motivo torpe, pela morte de Lanusse. O MP entendeu que o médico teve responsabilidade integral pelo falecimento da jovem, que tinha apenas 27 anos.

 

Fonte: Portal Terra

https://fit.oab-sc.org.br/news/edicoes/582.htm#10005

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