Brasileiro trabalha 148 dias por ano so para pagar impostos

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Brasileiro trabalha 148 dias por ano so para pagar impostos

O “bicho-papão” da carga tributária foi embora finalmente! O brasileiro só começa a trabalhar para embolsar seu dinheiro a partir do dia 28 de maio, data em que começa a ficar livre da carga tributária insuportável que abocanha boa parte de sua renda. De acordo com estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), desde 1º de janeiro até 28/05, o brasileiro trabalhou apenas para cumprir suas obrigações tributárias com os fiscos federal, estaduais e municipais. São 148 dias trabalhando só para o leão, sem ficar com um tostão sequer. Período este que vem de forma crescente. Em 1991, o brasileiro trabalhava 90 dias por ano pra sustentar o governo, em 2001, eram 130.

Há anos, o Brasil espera por uma reforma tributária ampla. Desde o primeiro mandato do presidente Lula, o governo promete enviar ao Congresso uma proposta de reforma que racionalize o sistema, alivie o contribuinte, reduza a sonegação e ajude a colocar o Brasil na rota do crescimento constante. Confira a seguir propostas apresentadas em reportagens de VEJA.

 

Unificar impostos – No Brasil, a cobrança de muitos tributos é feita em cascata, o que encarece custos de produção e valores finais dos produtos. Além disso, a distorção alimenta a burocracia. A solução é a unificação dos impostos, limpando a área tributária

 

Encerrar a guerra fiscal – Os estados brasileiros perdem anualmente 25 bilhões de reais ao conceder subsídios a empresas para atrair investimentos. Unificar as alíquotas dos impostos cobrados pelos estados seria a melhor maneira de contornar essa anomalia.

 

Tributação dos bens de consumo X impostos diretos – A maior distorção do sistema tributário é a carga excessiva sobre o consumo. Como os mais pobres gastam tudo o que ganham, eles pagam, proporcionalmente, mais impostos. O ideal seria ampliar a participação dos impostos diretos, como o imposto de renda (IR) e o IPTU, cobrados de acordo com a renda e o patrimônio dos contribuintes.

 

Reduzir alíquotas – A redução das alíquotas não só faz bem ao brasileiro como a toda economia. Ela torna os produtos mais baratos, reduz a informalidade e eleva a receita com impostos. Pesquisa da consultoria McKinsey revelou que uma redução de 20% da informalidade – que nada mais é do que sonegação de impostos – aumentaria a arrecadação a tal ponto que a taxa de crescimento do Brasil subiria ao menos 1,5 ponto porcentual.

 

Abaixo serão apresentadas as principais propostas que o governo deve enviar ao Congresso:

 

• Substituir os impostos federais (IPI, PIS, Cofins, Cide etc.) por um único tributo, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA-F)

• Substituir gradualmente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos estados, pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA-E)

• Integrar o Imposto sobre Serviços (ISS), cobrado pelos municípios, ao IVA-E

• Encerrar a guerra fiscal: estados teriam autonomia na fixação de alíquotas do IVA-E, mas dentro de parâmetros definidos nacionalmente

 

Fonte: Portal Veja

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