A imprensa americana começa a questionar uma antiga prática no país, notadamente em Nova York, que a favorece: a do perp walk — o “desfile do perpetrador” do crime para as câmeras de televisão e dos repórteres fotográficos, quando ele é preso e conduzido algemado pelo espaço entre a viatura policial e a porta da delegacia. “Está na hora de acabar com o perp walk?”, pergunta a revista The Economist, em sua última edição.
“Nos Estados Unidos não existe presunção de inocência”, clamaram autoridades francesas logo depois da prisão do ex-dirigente do FMI Dominique Strauss-Kann (DSK), cujo perp walk provocou muitas discussões sobre a prática. “Sob tais circunstâncias, até mesmo a Madre Teresa pareceria extremamente suspeita, especialmente se suas mãos estiverem algemadas”, diz o jornalista e defensor das liberdades civis Nat Hentoff, segundo a revista.